segunda-feira, 15 de junho de 2015

Tempos de crise: Marketing – cortar ou investir?

Os empresários estão apreensivos com o tema mais comentado nos últimos meses aqui no Brasil, a crise econômica. E só para variar um pouco, são muitas as opiniões dos especialistas sobre este assunto, alguns afirmam com uma pitada de pessimismo que estamos realmente passando por um período de recessão econômica, já os mais otimistas direcionam essa percepção negativa para outros fatores não exatamente relacionados a uma crise.
O fato é o seguinte, independente de estarmos passando por um momento de crise ou não, já faz algum tempo que diversas empresas vêm observando os seus resultados serem afetados negativamente dentro do seu ramo de negócio. E essa situação normalmente leva as empresas a adotarem uma postura mais defensiva, repensando toda sua estratégia e partindo para o corte dos custos desnecessários.
E é neste momento que todos pensam em enxugar aqueles custos que não trazem retorno para o negócio, no entanto, é perceptível em muitas empresas um ponto em comum: a área de marketing é a primeira a sofrer cortes de verbas durante a crise, envolvendo desde o orçamento em si até decisões maiores, como corte de pessoas.

E qual a razão disso?
A resposta para essa pergunta é basicamente bem fácil: a maioria das empresas ainda enxerga o marketing como sendo somente uma área de apoio, ou seja, é aquele departamento que traz resultados intangíveis e consequentemente, é um gerador de muitas despesas. Porém o que não é facilmente visualizado é a forma como a área de marketing trabalha e se posiciona, já que ela afetará diretamente o modo como à empresa é vista dentro do negócio – isso acontece em razão dos resultados que o marketing é capaz de trazer e que acabam influenciando ainda mais a percepção da empresa sobre a sua função.

O Marketing visto como despesa x Marketing como investimento

É preciso entender de uma vez por todas essa questão: podem existir dois tipos de marketing dentro das empresas, aqueles que se posicionam como despesa e os que se posicionam como investimento, ou as que são centros de custos e as que são fontes de receita. As diferenças entre esses dois formatos são claras.
Quando uma área de marketing que se posiciona como despesa está preocupada com métricas e estratégias que não estão diretamente vinculadas aos resultados de venda buscados pela empresa, em geral elas pensam exclusivamente em uma suposta construção de marca (que é intangível e tem efeito no longo prazo). Já por outro lado, quando a área de marketing se posiciona como investimento e possui entregas claras que afetam diretamente o negócio da empresa, elas geram Leads, trabalham o relacionamento e entregam oportunidades de negócios ao time de vendas.
Também não podemos deixar de compreender que em um momento de crise, uma empresa irá priorizar o corte daquelas atividades que não afetam diretamente seus resultados finais, deixando as áreas de marketing que se encaixam na primeira situação mais vulneráveis. Afinal, sem uma clareza na entrega, fica mais difícil relacionar ações e resultados. Essas diferenças entre cada um dos dois modelos podem ser vistas em alguns cenários, como:

 - Na forma de como o Marketing realiza o planejamento das suas ações

Marketing como despesa: ele elabora o seu planejamento pensando nos gastos que vai gerar para a empresa, como gastos com campanha, desenvolvimento de materiais e feiras. Geralmente não apresenta quais são as perspectivas de retorno que serão obtidas com esses “gastos” e não planeja o quanto espera atingir com cada uma das ações.
Marketing como investimento: ele faz um planejamento de cada investimento que será feito durante o período e o relaciona com cada ação que será desenvolvida e vinculada a um retorno claro para a empresa, abrindo assim a possibilidade de comparação com os resultados projetados e os atingidos. No primeiro momento até pode parecer uma diferença que afetará somente a nomenclatura utilizada, mas na verdade, o planejamento será visto por toda empresa e, principalmente, pelos principais tomadores de decisão na hora de analisar profundamente o negócio.

Mensurar os resultados obtidos

Marketing como despesa: é comum mensurar os seus resultados baseados em métricas da vaidade.  Exemplo: apresentar resultados de uma campanha no Facebook baseados no número de Likes obtidos, não oferecendo para a empresa números de quanto foi gerado em negócios com esse investimento. O mesmo acontece com ações off-line, já que elas indicam quantas pessoas foram “impactadas” por um anúncio, por exemplo. Apresentar resultados que não afetam os ganhos da empresa só irá deixar o marketing mais frágil e ajudar naquela visão de área de “apoio” que não é essencial para o crescimento.
Marketing como investimento: como todas as ações realizadas são medidas de acordo com os ganhos de negócio que trouxeram, então, com esse modelo é possível apresentar resultados que demonstram claramente o quanto o marketing é importante para o funcionamento da empresa. Algumas métricas usadas são: Custo de Aquisição de Clientes (CAC), Custo de Aquisição de Oportunidades e ROI. Desta forma, cada vez que a empresa optar por cortar investimentos do marketing, o impacto nas vendas estará bem claro - e o mesmo acontecerá quando a empresa aumentar os investimentos. Quando é possível ter uma visão exata sobre as entregas e os resultados gerados, fica mais fácil encontrar onde a empresa deve aperfeiçoar nas suas ações.

- Budget destinado para a área

Marketing como despesa: nas empresas que adotam a visão de marketing como despesa o investimento destinado para a área é fixado normalmente no início do ano. Com isso, as ações realizadas têm de ser orçadas dentro dele, independente dos resultados que serão alcançados. A empresa estará se preocupando mais em aproveitar o investimento inteiro para garantir que no próximo ano o valor não seja encurtado. Quando o vínculo entre gastos e entrega é pequeno, ele acabará deixando a impressão de que o valor é usado em gastos superficiais, e assim ele poderá ser cortado sem prejudicar os resultados.
Marketing como investimento: em uma área de Marketing que se posiciona como investimento, o ROI está tão ligado ao resultado, que o investimento irá aumentar na mesma proporção em que a empresa deseja crescer. E, diminuir do mesmo jeito, afinal, quando existe flexibilidade para ajustar é sinal que tudo está funcionando bem.
Os benefícios de pertencer a uma área de marketing que é vista pela empresa como um investimento também impacta na credibilidade dos profissionais que fazem parte dela. Persistir em se posicionar como custo e não como investimento irá afetar não só os resultados da empresa, mas a forma de como a área de marketing será percebida por pessoas externas.
É importante lembrar que o principal objetivo de uma área de marketing é trazer resultados e ajudar mais pessoas a comprarem um produto ou serviço necessário para elas. Se o marketing não faz isso, realmente é mais complicado manter os investimentos em períodos de crise e até outros momentos.

- Três primeiros passos para a transição

A transição do marketing como custo para o marketing como investimento não é simples e pode levar algum tempo, mas, existem ações que podem ser iniciadas agora mesmo em momentos de crise.
Talvez o mais difícil seja a empresa enxergar que precisa sair da inércia e dar o primeiro passo na direção das iniciativas que claramente irão gerar mais resultados. E curiosamente é comum ver as empresas sempre postergando o início dessas ações. Até parece aquele ‘dito popular’ de inicio de regime: “na segunda eu começo!” E com isso as ações continuam as mesmas ao longo do tempo e os resultados alcançados também são os mesmos.
Vamos acompanhar três ações simples que podem ajudar a mudança do perfil de marketing de custo para investimento, independente do cenário econômico em que esteja inserida.

Fazer um mapeamento dos recursos que são investidos hoje

Nessa hora e necessário ter em mente todos os recursos que estão sendo investidos hoje e quais são os retornos pretendidos a partir deles. Ao entender para onde estão sendo destinados os recursos também será possível fazer uma gestão inteligente, dando novos fins ao que não está trazendo resultados. Identificar recursos e o retorno obtido é o primeiro passo para transformar custos em investimentos.

Construir um ativo de marketing

Sabendo dos custos que foram mapeados a empresa conseguirá avaliar também o quanto dessas ações agrega em resultados de longo prazo. Investir na construção de um ativo de marketing normalmente faz com que o custo de aquisição de clientes se torne mais baixo. O ativo de marketing pode ser construído através de marketing de conteúdo, que ajuda a melhorar o posicionamento da empresa na busca orgânica (resultados onde sua página aparece na busca do Google sem custo) e se tornar autoridade na sua área de atuação. Além disso, ter estratégias que ajudam a coletar dados sobre esses potenciais compradores que visitam o seu site também ajuda a deixar o ativo de marketing mais completo. Usar Landing Pages no site ajuda a captar mais contatos e aumentar o número de Leads gerados, diminuindo o custo por Lead gerado.

- Investir nos relacionamentos

Um fato deve ficar bem claro nessa hora: conseguir novos clientes e Leads para a empresa é mais caro do que manter aqueles que já existem. E em um momento de crise é essencial manter o bom relacionamento com a sua base de contatos. Investir na comunicação através de conteúdos nas redes sociais, e-mail marketing, na criação de fluxos de automação e etc., são ações que podem ajudar a empresa a vender mais para os atuais clientes e gerar novas oportunidades.
  
Encerramos este post dizendo que qualquer ação de Marketing realizada por uma empresa, independente se despesa ou investimento, sempre terá a intenção de trazer benefícios para o negócio e com base no conteúdo exposto aqui, esperamos ter contribuído com os resultados da sua estratégia e no reforço do valor que a área de marketing agrega para a empresa.

Retirado do Blog: Administração no Blog.
Disponível em:

quarta-feira, 10 de junho de 2015

AdministrAção em Debate



Desde os tempos mais remotos o conhecimento move a humanidade em direção ao futuro. Fortemente influenciados pelos grandes filósofos, dos pós-socráticos aos contemporâneos, nossa capacidade dialética nos conferiu um destino inexorável: o da constante e rápida transformação, nos recriando a todo o momento, adaptando-nos a ambientes complexos a partir de uma infinidade de novos conceitos e ideias que diuturnamente surgem por inspiração ou por imposição dos sistemas com os quais interagimos.

                                                                                                                                                           Adm. Rui Otávio Bernardes de Andrade
Presidente do CRA/RJ
CRA-RJ 014720-5


Os telespectadores do AdministrAção em Debate CRA/RJ poderão conferir quadros como “Estudando com o Autor”, “CRA-RJ entrevista”, “Falando de Administração”, “Palavra do presidente”, “Casos de sucesso”, Atualidades”, “Administre Seguros” e “O CRA-RJ faz por você”.

Assista ao programa AdministrAção em Debate exibido dia 06/06/2015 na TV Band!


Nesta edição do AdministrAção em Debate você verá como foi o XIV Fórum Internacional de Administração, promovido pelo CRA-RJ em parceria com outros CRAs, uma entrevista com o presidente do Conselho, Adm. Wagner Siqueira, sobre a realização deste evento.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Precisamos postar?

Autor: Marcos Hiller


Nossa vida não cabe em nosso corpo, apenas. Precisamos postar. Nossos pensamentos são polêmicos? Precisamos postar. Comemos em bons restaurantes e não basta ser um trivial ato de se alimentar. Precisamos postar. Os lugares que frequentamos são incríveis? Precisamos postar. Minhas viagens não cabem apenas em mim. Precisamos postar. Minha vida é infestada de momentos memoráveis? Precisamos postar. Meu ritmo de vida é sexy, intenso, frenético, correria. Precisamos postar. Meus filhos são os mais lindos e a vida deles também é uma linda narrativa. Precisamos postar. As coisas que vivo, que sinto, que olho, não podem ser limitadas apenas ao meu sensório. Precisamos postar!

Por que isso acontece hoje em dia? Uma tese muito simples e que, de alguma forma, responde isso é: o ser humano é vaidoso, sempre foi e sempre ser. E empresas como Facebook, Snapchat, Instagram e afins apenas entenderam isso de forma sublime. A câmera frontal de nosso smartphone é o grande responsável por esse fenômeno das postagens intensas de nosso cotidiano? O Instagram nos deixa mais vaidosos? Claro que não, cara pálida! O protagonismo nunca está no “device”, mas nas pessoas. É tudo uma questão de como elas se apropriam, é tudo uma questão de apropriação social. Nunca a tecnologia, nunca o dispositivo, mas sempre como a gente se apropria deles. O Google Glass era aparentemente uma boa ideia, mas não foi apropriado socialmente pelas pessoas, nem comercialmente, e parece que o projeto foi abandonado.

O fato é que evidenciamos todos os dias em nossas timelines uma grande quantidade de pessoas narrando suas vidas, descrevendo com riqueza de detalhes absolutamente tudo que acontece em seus cotidianos. Às vezes, nos deparamos em nossas timelines com alguns conteúdo que, ao nosso olhar, são tolos, bobos, como frases feitas, figurinhas dos Ursinhos Carinhosos, coisas desinteressantes. Mas, para aquelas pessoas que estão postando, trata-se de algo muito importante. São conteúdos desinteressantes aos nossos olhos, mas para a outra pessoa aquilo significa algo. A foto do bebê que nasceu, o selfie no banheiro da escola, o sorriso forçado, tudo tem um significado e uma importância simbólica para o usuário. Quem disse que os conteúdos que postamos são os mais interessantes e relevantes? Não sei. Quem disse que a nossa estratégia de uso de redes sociais é a mais tchananã? Claro que não.

O fato é que cada um de nós desenvolve (consciente ou inconscientemente) uma estratégia de uso e de apropriação de redes sociais online. Uns publicam muito, outros publicam pouco. Outros não publicam nada. Outros nem usam. Uns narram obscenidades e detalhes sórdidos do dia a dia. Já outros postam quase nada sobre a própria vida. Uns tiram o dia inteiro para ficar sentando o cacete no governo, outros defendem perspectivas políticas contrárias. Uns usam isso aqui como um verdadeiro show do eu, outros usam como muro de lamentações. Outros postam 7.838 fotos da filha vestida de caipira na festa junina da escolinha e com a convicção de que ela é a mais linda do Sistema Solar. Uns só dão check-in em restaurantes descolados como o Ráscal, o Gero, o Melhor Cantina da Cidade. Já na rodoviária do Tietê, dar check-in? Nem pensar. E check-in no Giraffas? No Habib's, então? Você tá louco? Nem pensar. Isso não aumenta meu capital social. Já outros dão check-in no cartório, no hospital, na casinha do cachorro. Uns bancam o 'pseudo-intelectualóide' e escrevem bobagens o dia todo no Facebook, outros escrevem coisas lúcidas e inteligentes. E tudo isso regido por um algoritmo, que muda diariamente.

Quem está certo e quem está errado nesse palco virtual? Quem usa bem e que usa mal o Facebook? São perguntas que, para mim, não nos cabe achar respostas. Não nos cabe julgar quem usa certo e quem usa errado. Cada um usa como bem entender. Como disse em uma parágrafo acima, é tudo uma questão de como as pessoas se apropriam. Penso que devemos simplesmente ficar conectados com outros usuários com os quais temos interesses em comum e que postam coisas interessantes, sob nosso ponto de vista.

Retirado do Portal do Administrador, disponível no link: 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

OPORTUNIDADE!

A Bambuí Bioenergia S/A tem uma vaga para Assistente de Recursos Humanos em aberto.

Perfil da vaga:
Sexo: indiferente
Período: 3º em diante
Excel: Intermediário ou avançado

Os interessados devem enviar o currículo até o dia 05/06/2015, para o email hemerling@bambuibioenergia.com.br.